segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Meu sentido

Há momentos em que eu gostaria de ser cega
Cega para que não me apaixonasse toda vez que te olhasse
Há momentos em que eu gostaria de ser surda
Surda para que não me iludisse com as mentiras que dizes
Há momentos em que eu gostaria de ser muda
Muda para que não te incomodasse com as minhas palavras bobas
E com as minhas verdades tolas...

Enxergo, ouço e falo perfeitamente
Mas quando estou perto de ti
Perco todos os sentidos
Tudo fica sem sentido
Ou passa a fazer sentido
Não sei...

Tu és meu menino, meu abrigo
Meus sentidos.

Tu és minha visão, minha audição
Meu tato, meu olfato, meu paladar
Minha alegria (e tristeza) é te olhar,
te ouvir, te tocar, te cheirar, te provar...
Alegria porque isso me fortalece
Tristeza porque tu não me pertences.

Quero te sentir, meu sentido, sente-me também.

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