quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Palco, aí vou eu!




"Não há porque temer o palco pois fomos preparados para estar lá. Lógico que a adrenalina corre, mas não fomos escolhidos e jogados num lugar para fazer o que não sabemos." (J. R. Tomaselli)

Amei essa frase. É uma verdade mesmo.
Palco. Holofotes. Flashes. Figurino. Cenário. Diretor. Trilha sonora. Platéia.
Essa é minha vida. Isso é o que eu amo.
É engraçado olhar pra trás e ver o que me tornei hoje.
Eu, aquela criança tímida, discreta, que não gostava de chamar atenção, que fugia dos olhares, que ficava na sua, que não queria ser notada, que queria passar despercebida por tudo, que não falava nada, que só chorava... (risos)
Fui cresecendo e aparecendo. Comecei a descobrir meu talento pra dança. Dançava nas festas da escola, nos eventos culturais, fiz parte do Cover das Spice Girls com minhas amigas, me apresentei em clubes, depois comecei a fazer jazz, participei de vários festivais por aí e então descobri o ballet. Com 17 anos fui inventar de fazer ballet. Amor à primeira vista. A partir daí não parei mais. Não sei o queria seria de mim sem a dança. Não é exagero, não. É sério mesmo! Paralelamente a dança, também descobri o teatro, antes, aos 14 anos. Que negação eu era. Super, ultra, hiper, mega tímida. Fugia das improvisações e dos exercícios que o professor passava. Entrei pra perder a timidez. Depois de um tempo lá, adivinhem? Me apaixonei também! Saí de um curso, fui pra outro e outro e outro e hoje, 6 anos depois, continuo firme e forte fazendo essa arte que me seduz a cada dia. Não mais como aquela menina tímida e pacata que fugia dos exercícios, mas sim, como uma atriz disposta a aprender a cada dia mais e a aperfeiçoar esse talento contido. Não me vejo mais como uma mera aluna envergonhada que não sabe muito o que fazer e como agir no palco. Tenho sim, muito o que aprender,e sou sim, discreta e na minha, mas quando subo no palco, deixo a timidez de lado e faço o que tenho que fazer. Não me importo mais com os olhares, nem ligo de chamar a atenção (tá, fico um pouco acanhada sim, mas isso não me intimida). Gosto do palco e da adrenalina dele. Gosto de mostrar aos outros o que eu sei fazer. Gosto de dançar e de atuar e de fazer bonito. E como diz a frase aí em cima, não fui escolhida e jogada no palco pra fazer o que eu não sei. Se estou lá, sei bem porque estou e sei bem o que fazer. E outra coisa: não vou na minha força, e sim na força de Deus. Ele quem me deu o talento. É Ele quem me capacita. Como diz um versículo da Bíblia: "Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos."
A arte é tudo pra mim. Se eu tivesse que escolher entre trabalhar com arte ou com educação, escolheria arte, com certeza. Mas tudo tem seu tempo. Cada coisa de uma vez.
Arte na cabeça, galera! Arte pra não pirar nesse mundo egocêntrico e capitalista.
Sou artista, sim e com muito orgulho. Sejam artistas, façam arte! Sempre, sempre!

5, 6, 7, 8. Ação!

Palco, aí vou eu!

Um comentário:

  1. E eu fui ao contrário! Quando era criança eu falava o tempo todo, com todo mundo, dançava na escola, fazia ballet, falava em público, sempre! Hoje em dia sou uma negação dançando! Amo estar no palco, mas tenho vergonha demais ainda!

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