quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Quando me der de chorar


As vezes eu dou de chorar
E se assim o faço
Peço que não me questione
Nem pense que endoideci
Não julgue minha fraqueza
Nem fale que é bobagem
Não diga pra eu parar
Nem repita que sou sensível
Eu sou e já sei.
Quando me der de chorar
Quero fazê-lo em meu canto
Trancada em algum aposento
Deixando a lágrima rolar
Até o olho avermelhar
E eu começar a soluçar
Quero me olhar no espelho
E ver minha careta de choro
Lavar o rosto, respirar
E chorar mais até não aguentar
E quando as lágrimas secarem
E os olhos esbranquiçarem
Quero de ti me aproximar
Receber um abraço e só.
Sem palavras, sem pergunta
Sem julgamentos, sem culpa.
Porque quando me dá de chorar
Nem sempre tem motivo
É só meu instinto de mulher
Expressando a fragilidade
De alguém que tenta ser sempre forte
Mas que nem sempre o é.

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